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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Participação do PIBID Artes Visuais no 5º SBECE e 2º SIECE: Nas contingências do espaço-tempo

O 5º Seminário de Estudos Culturais e Educação e o 2º Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação, realizado nos dias 20, 21 e 22 de maio em Canoas/RS, promovido pelo programa de Pós-Graduação em Educação da ULBRA, Universidade Luterana do Brasil, em parceria com o programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trouxeram como tema gerador para as discussões: “Nas contingências do espaço-tempo”. 

O desafio proposto pelo seminário era o de pensarmos juntos sobre a educação que se desenvolve no espaço-tempo contemporâneo, algo de substantiva importância para aqueles que se dedicam ao campo da educação, em seus múltiplos desdobramentos. Visto que desde meados do século XX, passamos por transformações nas formas de significar, utilizar e operar com os conceitos de espaço-tempo e hoje o avanço tecnológico alavancou ainda mais essas transformações espaço-temporais. 

O evento teve uma programação bem ampla, com apresentação de trabalhos, mesas redondas, interlocuções de pesquisadores e mini-cursos. Na conferência de abertura assistimos a palestra do Professor Dr. André Lemos, do departamento de comunicação da Univ. Federal da Bahia/UFBA, que tratou do tema Cibercultura e de algumas teorias que surgem com o avanço tecnológico na contemporaneidade. 

O mini-curso que participamos tratava de gênero e cultura visual, ministrado pela professora Dra. Bianca Salazar Guizzo que trouxe para discussão a forma como as questões de gênero vêm sendo representadas e problematizadas no mundo contemporâneo que se apresenta cada vez mais visual, fazendo-nos refletir acerca do poder da imagem na formação dos sujeitos. 

Em uma das interlocuções com pesquisadores assistimos a interlocuções possíveis com os estudos foucaultianos com a professora Dra. Maria Rita Cesar (UFPR) e o professor Dr. Alfredo Veiga-Neto (UFURGS), que colocaram seus estudos acerca do filósofo Michel Foucault. Os estudos foucaultianos fazem relação direta com a educação, o filósofo escreveu sobre saber filosófico, relações de poder e governamentalidade, práticas de subjetivação e vários outros temas tratados. Apesar de Foucault “não ser pau para toda obra”, é importante saber quando aplicá-lo, como colocou o professor Veiga-Neto. Isso, pois como trabalhamos com educação, vimos o quão importante é conhecer alguns estudos foucaultianos para a problematização das nossas práticas. 

O evento colaborou de diferentes modos para a ampliação da nossa aprendizagem, sem se limitar aos dias em que aconteceu, posto que a exemplo do professor Veiga-Neto que tem vários estudos publicados acerca de Michel Foucault como o livro “Foucault & a Educação”, de 2003, e vários artigos que poderão nos servir de aporte para uma maior compreensão e iniciação a novos horizontes de estudos.
Na apresentação de trabalhos as pibidianas das Artes Visuais Thais do Amaral, Daiane Figueiredo, Queli Rios, Janice do Amaral, a supervisora de escola Rosah Lemos de Pinho e a coordenadora de área Cláudia Brandão, levaram para compartilhar os seguintes temas:

Eixo temático: Educação, identidades e diferenças
COLORINDO OLHARES DA ESCOLA (Daiane Figueiredo Rosenhein)

Eixo temático: Escola e trabalho docente
A ESCOLA COMO LÓCUS DE FORMAÇÃO PERMANENTE: MEIOS POSSIVEIS PARA A QUALIFICAÇÃO DA DOSCENCIA EM ARTES VISUAIS NO NOVO ENSINO MÉDIO (Rosah Lemos de Pinho)
ARTE POSTAL: A SIMBOLOGIA POR TRÁS DA IMAGEM (Queli Daiane Rios, Janice Rocha de Souza do Amaral)

Eixo temático: Educação, literatura e arte
4:20 É HORA DA ESCOLA LIDAR COM ISSO (Thais Machado do Amaral)
CRIANDO FORMAS E COMUNICANDO IDEIAS (Cláudia Mariza Mattos Brandão, Mahuã Alonso da Silva)

A participação no evento possibilitou uma formação em contato com ensino, pesquisa e extensão, nos servindo tanto como ampliação de formas de estudo, quanto como possibilidade de troca de saberes. Foi muito proveitoso para a nossa formação não apenas acadêmica, mas formação geral, enquanto sujeitos, pois além das atividades acadêmicas, tivemos o prazer da convivência, e como coloca Maffesoli (1998) “[...] enquanto a lógica individualista se apoia numa identidade separada e fechada sobre si mesma, a pessoa (persona) só existe na relação com o outro”.


Postado por Thais Machado do Amaral

domingo, 2 de junho de 2013

Último Encontro com as Normalistas

No dia 21 de março foi realizado o ultimo encontro com as estudantes do curso Normal do Instituto de Educação Assis Brasil, como um fechamento das atividades do projeto interdisciplinar " Das Classes os Muros" realizada no segundo semestre de 2012. 

Iniciamos com um vídeo que mostrava a paisagem sonora da escola, juntamente com imagens de pixações e graffites  de dentro e no entorno da escola, seguindo de uma breve fala na qual retomamos as idéias iniciais do projeto, o objetivo e as influências de tais atividades na vida delas enquanto futuras professoras.

Para que as meninas se entregassem mais à atividade, foi feita uma sensibilização, através da qual mexemos com seus sentidos e pudemos nos conectar melhor. Algumas mostraram resistência, mas muitas se entregaram fazendo valer o momento.

Seguimos com uma mediação das imagens das silhuetas realizadas por elas para o muro: as imagens em um contexto diferente, fazendo valer a individualidade de cada uma, sem a composição do muro. "Qual imagem você mais se identifica?" foi a pegunta lançada para a introdução da mediação, levando assim a um debate onde cada uma disse o porque da sua escolha e fazendo com que o criador também refletisse sobre o que transmitiu em sua imagem. Muitas mostraram-se surpresas tendo até as que disseram não gostar da imagem até então, e por conta da leitura de outra pessoa passou a interpretar diferente e a gostar da sua imagem. 

Após um intervalo, iniciamos a ultima parte da atividade. Dividimos em pequenos grupos de 5 ou 6 pessoas para que cada grupo montasse uma cena estática urbana, cenas do dia-a-dia, que algumas vezes passam desapercebidos de tão rotineiro que se tornou. Assim, conforme cada cena era montada, os demais procuraram se havia algo que pudesse ser melhorado na cena e puderam ir lá mexer e colocar como achava que deveria ser, gerando assim idéias, discussões e mostrando que: se tem algo a ser feito, que faça você mesmo. 

A participação de todas foi surpreendente, mostraram-se envolvidas e interessadas. As discussões também foram bem produtivas, e senti que o fechamento foi essencial para elas enxergarem  e refletirem sobre a real importância do projeto. 



Postado por Daniela Santos